quinta-feira, 15 de março de 2012

Acabei se sair do estágio e pela segunda vez esta semana sou uma princesa. Ou uma fada madrinha, para conceder desejos e encher a caderneta dos Incríveis de cromos...
É isto que me motiva todos os dias quando vou para a escola primária, é o facto de me encontrarem na rua, gritarem o meu nome e correrem para mim enchendo-me de miminhos e sorrisos; é entrar numa sala e conseguir acabar com os amuos, motivando-os a trabalhar em grupo ou em concluir a actividade; é conseguir -los a pensar no que dizem ou como dizem; é dar-lhes a entender que não há problema nenhum em ser como são porque toda a gente é diferente. Como diz a minha professora de Psicopedagogia das Aprendizagens Escolares "todos têm direito a ser Principezinhos", e muitas vezes o estereótipo fala mais alto, não os deixando voar de planeta em planeta, enfiando-lhe ideias erradas na cabeça, os temíveis rótulos que os vão perseguir para todo o sempre. Ontem "aprendemos" que os bons terapeutas trabalham com o coração, e é verdade; porque quando o deixarmos de fazer vamos deixar de saber quais são os nossos objectivos reais, vamos deixar de saber porque é que estamos ali a investir o nosso tempo, porque aquela criança é assim ou assado.
A nossa função é mudar mentalidades, dos mais novos aos mais crescidos, é fazer ver que as crianças são só crianças e que muitas vezes a culpa de certas atitudes é mesmo nossa, que inconscientemente dizemos ou fazemos qualquer coisa e eles automaticamente “gravam” tudo, por vezes de forma assustadora diga-se.

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